Como Ajudar Seus Filhos a Lidar com Visões Espirituais e Pesadelos: Um Guia para Pais

Quando seu filho ou filha afirma estar vendo espíritos, tendo pesadelos recorrentes ou expressando medo de algo que parece invisível e negativo, é natural que você se sinta preocupado e até mesmo confuso sobre como reagir. Estas experiências podem ser assustadoras para as crianças e desafiadoras para os pais, especialmente quando há uma conexão espiritual envolvida. Este texto oferece orientações sobre como lidar com essas situações de maneira calma e espiritualista, sem apavorar a criança, mas sim oferecendo apoio e compreensão.

1. Ouvindo com Atenção e Empatia

O primeiro passo para ajudar seu filho é ouvir com atenção e empatia. Crianças são muito sensíveis e, quando expressam algo que as assusta, elas precisam se sentir seguras e compreendidas. Evite descartar ou minimizar o que estão dizendo, pois isso pode fazê-las sentir que suas preocupações não são válidas.

Exemplo de abordagem: Se seu filho disser que viu um espírito no quarto, responda de forma calma e acolhedora. Pergunte suavemente: “O que você viu?” ou “Como você se sentiu quando isso aconteceu?” Essas perguntas mostram que você está interessado e disposto a ouvir, sem julgar.

Relato Pessoal: Lembro-me de quando meu filho de cinco anos veio até mim dizendo que viu uma “sombra estranha” em seu quarto. Em vez de desconsiderar, eu o abracei e disse: “Entendo que isso pode ser assustador. Vamos conversar mais sobre isso.” Ele se sentiu confortável para compartilhar mais, e isso ajudou a reduzir o medo inicial.

2. Não Apavorar: Mantendo a Calma e a Serenidade

Como mãe ou pai, é importante manter a calma, mesmo que você também sinta um certo desconforto. A forma como você reage pode impactar diretamente a percepção da criança sobre a situação. Se você demonstrar medo ou ansiedade, é provável que a criança também se sinta mais assustada.

Dica Prática: Respire fundo e tente manter uma postura tranquila. Diga algo como: “Vamos respirar juntos, estou aqui com você e nada de ruim vai acontecer.” Isso ajuda a criar um ambiente seguro, onde a criança sente que pode contar com você.

Relato Pessoal: Em outra ocasião, minha filha acordou no meio da noite após um pesadelo, muito assustada. Eu a segurei, respirei fundo, e disse: “Foi só um sonho. Vamos respirar juntos e imaginar um lugar bonito e seguro.” Ela começou a se acalmar e logo adormeceu novamente.

3. Explicando de Forma Simples e Espiritualista

Dependendo da idade e compreensão da criança, você pode explicar o que ela viu de uma maneira que não seja assustadora. Se a criança estiver vendo algo que descreve como um espírito ou sombra, uma explicação espiritualista pode ser apropriada, especialmente se sua família já segue esse caminho.

Sugestão de Explicação: Diga algo como: “Às vezes, podemos ver ou sentir coisas que são diferentes. Alguns acreditam que são espíritos ou energias. Mas não se preocupe, essas coisas não podem nos machucar. Podemos sempre pedir proteção e imaginar uma luz brilhante ao nosso redor.”

Relato Pessoal: Quando meu filho mencionou ter visto um “homem brilhante” perto da cama, eu expliquei: “Pode ser um espírito, como um anjo, que está aqui para nos proteger. Se você sentir medo, pode sempre me chamar ou imaginar uma luz ao seu redor para se sentir mais seguro.”

4. Práticas de Proteção e Conforto

Introduzir práticas de proteção espiritual pode ser muito útil, tanto para tranquilizar a criança quanto para fortalecer a sensação de segurança. Estas práticas podem incluir orações, visualizações de luz, uso de cristais ou até mesmo um banho relaxante antes de dormir.

Dica Prática: Antes de dormir, você pode ensinar a criança a fazer uma pequena oração ou uma mentalização simples. Por exemplo: “Vamos pedir aos anjos que protejam nosso quarto com muita luz e amor.” Outra ideia é colocar um cristal de proteção, como a ametista ou a turmalina negra, ao lado da cama da criança.

Relato Pessoal: Uma vez, após meu filho ter vários pesadelos seguidos, começamos a fazer juntos uma visualização de luz antes de dormir. Ele imaginava uma bolha de luz dourada ao redor da cama, e isso ajudou a reduzir significativamente os pesadelos.

5. Ensinando a Criança a Lidar com os Medos

Ensinar a criança a lidar com seus medos é fundamental para que ela não se sinta impotente diante dessas experiências. Dê ferramentas para que ela possa enfrentar o que a assusta de forma construtiva.

Dica Prática: Sugira à criança que, se ela vir algo que a assuste, pode dizer em voz alta: “Você não é bem-vindo aqui, vá embora!” ou “Eu estou protegida, você não pode me fazer mal.” Isso dá à criança um senso de controle sobre a situação.

Relato Pessoal: Quando meu filho tinha pesadelos repetidos, nós criamos juntos uma frase mágica: “Estamos envoltos em um cilindro cósmico de amor divino que é impermeável e invulnerável a tudo o que é negativo.” Ele dizia essa frase sempre que se sentia assustado, e isso lhe dava coragem para enfrentar os medos.

6. Consultando um Especialista, se Necessário

Se os pesadelos ou visões continuarem e estiverem afetando o bem-estar da criança, pode ser útil consultar um especialista. Um terapeuta infantil com conhecimento em espiritualidade pode ajudar a criança a entender e lidar melhor com essas experiências.

Dica Prática: Não hesite em buscar ajuda se sentir que a situação está além do que você pode manejar sozinho. O importante é garantir que a criança se sinta segura e apoiada.

Relato Pessoal: Depois de meses lidando com pesadelos e sem grandes avanços, decidi procurar ajuda profissional para meu filho. O terapeuta nos deu estratégias adicionais e ajudou meu filho a se sentir mais confiante, e os pesadelos finalmente começaram a desaparecer.

Conclusão

Lidar com situações onde seu filho ou filha vê espíritos ou tem pesadelos pode ser desafiador, mas com uma abordagem calma, empática e espiritualista, é possível ajudar a criança a se sentir segura e protegida. Validar as experiências da criança, oferecer explicações simples, e introduzir práticas de proteção são passos fundamentais para apoiar seu filho nessa jornada. Lembre-se, o mais importante é estar presente, oferecer amor e assegurar à criança que, independentemente do que ela esteja vendo ou sentindo, você está ao lado dela para protegê-la e guiá-la.

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